Quando trabalhei numa ONG judaica, havia um cara de diagramação que brincava com todo mundo que começava a trabalhar lá e não sabia o que era comida casher. E ele respondia: “é gostoso, tem pata de camelo, pão ázimo” e por aí ia, apavorando o novato infeliz.
Afinal, o que é casher?
A comida casher ou kosher, na verdade, diz mais a respeito de procedimentos do que pratos. É preparada de acordo com as leis judaicas, garantindo a pureza e a conformidade com as diretrizes religiosas. Casher vem de kashrut, ou “adequado” em hebraico, ou seja, aquilo que é compatível com as leis da Torá. Por exemplo, pelo livro sagrado não se pode misturar carnes com leite (e daí existem as três cozinhas: a de carne, a de leite e a parve – neutra). Como eu cuidava de toda comunicação e marketing e a ONG, além de ser voltada a alimentação, ainda tinha uma padaria e um Viena Kosher no prédio, tinha que e virar fotografando as comidas que era servidas ou vendidas. E, obviamente, a falta de recursos fazia com que eu tivesse que improvisar muito para conseguir montar cenários, ter uma boa luz ou clicar de forma a valorizar o que estava sendo mostrado. E fotografar comida casher é uma maneira de celebrar a riqueza da tradição judaica e a diversidade culinária. Mesmo porque a comida está intrinsicamente unida às práticas religiosas judaicas. Tem a comida típica do shabat, a do ano novo, a de Páscoa e até mesmo o Yom Kipur, o mais importante dessas celebrações, prevê ausência de comida com 26 horas de jejum total. Abaixo eu coloco então alguns dos meus cliques de comida casher. Tem mais no site da ONG (clique aqui para ver). Ou veja mais cliques gastronômicos meus aqui.





























