O DIA EM QUE FIZ UM ENSAIO DE MODA PRAIA EM COPACABANA COM PESSOAS QUE NÃO EXISTEM (MAS A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL CONHECE TODAS ELAS!)

Em mais um clickbait da minha parte, quero falar um pouco de Inteligência artificial e fotografia.

Tenho que confessar que quando surgiu a história da Inteligência Artifical (IA) com o CHAT GPT e nos aplicativos de geração de imagem, me assustei. Mais ainda quando um alemão ganhou um prêmio de fotografia com uma imagem de duas mulheres criadas com o auxílio de um chatbot.

PORQUE MEU PRIMEIRO PENSAMENTO COMO UM CARA QUE JÁ É REDATOR, É DESIGNER E FOTÓGRAFO FOI “QUEM VAI PRECISAR DE MIM, AGORA QUE A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL FAZ TUDO? ”.

Aí escutei uns podcasts muito legais com um dos maiores nomes da comunicação no Brasil, o Walter Longo (ouça aqui), e comecei a mudar de ideia em relação à nova tecnologia. Mais do que isso, comecei a brincar com Inteligência Artificial. E posso dizer que é bem divertido.

O mais legal é que o IA aprende com os erros e você, mais do que tudo, aprende a pedir corretamente, que é a alma do negócio. Comecei viajando na maionese e pedindo coisas absurdas como colocar atores clássicos no universo de Star Wars, mas minhas referências não são as mesmas da máquina (descobri que ela não sabe quem foi Humphrey Bogart, mas conhece Ava Gardner e Clark Gable).

Então, a próxima etapa em criar fotos por Inteligência Artificial foi focar em coisas mais “reais” como a Ginger, uma ruiva californiana, estilo meio hippie, andando em sua São Francisco natal. E, nessa jornada da menina inexistente, chegou uma hora que ela “veio passar férias” no Rio de Janeiro.

E AÍ, ME BATEU A IDEIA: FAZER UM ENSAIO GRANDE DE MODA PRAIA, TOTALMENTE POR INTELIGÊNCIA ARTIFICAL.

Sim, já que costumo clicar Pets & People comecei a me imaginar clicando modelos de todas as etnias – mulheres e homens e crianças – sempre em Copacabana (a princesinha do mar) e em diversas épocas como referência de estilos para cabelos e roupas. E dá-lhe prompts cada vez mais elaborados (já pesquisou os nomes dos tipos de sungas e biquínis em inglês? Eu sim!) e resultados doidos.

Algumas imagens ficam uma perfeição no quesito realidade. Em outras, tive que colocar no Photoshop para ajustar olhos, bocas, narizes (dá muito pau) e, principalmente, dar uma textura à pele das “modelos” para não ficar muito plásticas ou falsas. Algumas imagens, inclusive, se você prestar atenção em detalhes, vai ver que tem distorções em algumas partes do rosto e óculos com lentes de formatos diferentes umas das outras. Por isso, não dá para se deixar tudo na mão do IA e ainda é necessário fazer muita coisa na mão em algum programa de edição.

MAS E AGORA, COMO FICA MINHA VIDA DEPOIS DISSO?

Walter Longo diz que o IA tem criatividade, mas não imaginação. IA não sonha. Por isso, temos muita coisa que fazer, muita foto a tirar e muita coisa a imaginar. Dentro e fora do IA.

Não é o fim da sua máquina fotográfica, do seu editor de texto, mas principalmente é a hora de usar a cabeça. É hora de transformar isso em uma nova vida criativa e imaginativa e facilitar o trabalho diário, principalmente em relação às coisas chatas dele.

Curiosidades: o gerador de imagens do BING da Microsoft não aceita pedidos de imagens com biquíni, por isso utilizei outros mecanismos. Nenhum deles aceita nudes. Mesmo o Chat GPT não aceita passar endereços ou informações pessoais, sabia disso? Ou seja, os desenvolvedores já estão colocando limites antes que as coisas saiam do controle, porque nós, macacos pelados e falantes de Deus. abusamos das coisas.

O que vou colocar aqui é um começo meu na brincadeira e creio que tenho bastante a aperfeiçoar. Mas a gente tem que começar em algum ponto, não é? E coloquei alguns comentários em algumas imagens para explicar melhor o que fiz. (

Comecemos essa jornada de fotografias virtuais pela minha amiga Ginger, primeiro andando nos EUA e depois em momentos na praia de Copacabana:

Ginger na Haight-Ashbury em São Francisco
Ginger na Haight-Ashbury em São Francisco
Ginger na Haight-Ashbury em São Francisco
E Ginger chega no Rio de Janeiro
Ginger em Copacabana
Ginger na praia com filtros

Vamos agora para o “ensaio” de Moda Praia feminina:

Se você ampliar vai ver que o nariz está
Esta imagem tive que tratar a pele (parecia uma boneca de plástico) da
Aqui também tratei pele para algo mais natural.
Essa está tão perfeita que nem precisei mexer.
Charlize?
Eu brozeei a mocinha para ela não ficar tanto sueca....
Esta e as duas próximas foram as mais perfeitas em termo de realidade, feitas com um só prompt (variações)
Estou...
... ou não estou certo?
No caso das orientais, definir a origem (japonesa, coreana, chinesa, Thai) muda o corpo e o rosto
Uma mais coreana
Outra mais japonesa
e uma mais tailandesa
Essa eu tive que tratar muito para parecer mais real...
Aqui a modelo ficou um dos melhores resultados

Aí, fui testar um ensaio com modelos masculinos:

O IA que usei fazia mais fotos de retrato no caso masculino, mesmo que o prompt pedisse corpo inteiro!
muito Rio isso...
Aqui foi coincidência, mas esse menino e o da próxima imagem parecem ser a mesma pessoa...
... só que em duas fases diferentes da vida!
Este foi uma das muitas tentativas de eu me retratar. Não deu certo.

No caso de teens e kids, optei por não tratar tanto as fotos (textura de pele) e mantê-las dentro da proposta original do IA e mesmo assim, pareceu real:

Essa ficou uma perfeição!
Sua amiguinha também!
Um bug do sistema criou gêmeas!
Essa teen ficou muito real e muito simpatica!

Aqui ficam algumas que vamos chamar de experimentações e que não entram no ensaio final, mas valem a pena aparecer:

Muitas tentativas para eu aparecer com a máquina mas nenhuma deu certo...
Aqui meu prompt foi Salvador Bahia e achei o resultado fantástico
Outra baiana no meu projeto
Quando coloquei que queria o Rio em 1958, a IA mudou cabelos e roupas.los e roupas
Compare essa foto com a próxima. Aqui uma pegada de fim de tarde atual...
... e nessa aqui pedi algo retrô.
Ginger quase desenhada

Agora chegou o momento de mostrar quando o Matrix buga e te dá alguns absurdos, mostrando que nem tudo são flores no mundo da Inteligência Artificial:

Ginger com o rosto deformado e notem o cenário à direita.
Red, irmã da Ginger. Essa imagem estaria linda se as lentes do óculos de sol fossem iguais!
O cara deveria estar com um CHARUTO... saiu essa coisa aí que deixo para sua imaginação definir.
Sim, a moça tem três pernas e três braços!
O prompt foi uma moça DE PERNAS CRUZADAS tomando cerveja num banco de parque. Deu nisso!
A moça parece estar deitada em brita e cadê o braço dela?
Essa então, a IA se achou Dali..
Essa não sei nem por onde começar, mas tadinha dela!
A moça da direita mede 1,68m, mas tem uma braço de 3,15 metros.
Essa ficou perfeita do quadril para cima. Dele para baixo deu um nó danado.

E por fim, Ginger se despede do Rio. E nós de Ginger. 

See you soon, baby! 

1 comentário em “O DIA EM QUE FIZ UM ENSAIO DE MODA PRAIA EM COPACABANA COM PESSOAS QUE NÃO EXISTEM (MAS A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL CONHECE TODAS ELAS!)”

  1. As inteligências são múltiplas e todas artificiais! Vc constrói imagens com IA, o papel fotográfico constrói imagens com reação química, assim como o cérebro por sinapses. Nossa visão constrói imagens a partir de pontos… e nossa língua portuguesa me ajuda a descrever isso tudo. A fronteira entre artificial e natural é uma mercadoria, nada mais.

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